CRÍTICA : “WATCHMEN” : QUASE FOI, MAS NÃO FOI!!!! [CRÍTICA]
WATCHMEN foi um marco nas histórias em quadrinhos, revolucionando a cultura pop e dando uma nova identidade narrativa a muitos quadrinistas e escritores da década de oitenta. A mente criativa por trás de Watchmen se chama Alan Moore (poderia falar muitoooo sobre ele mas deixarei para uma matéria solo) partiu de uma premissa tirada dos ensaios de Juvenal, um filósofo do século I: “Quem Vigia os Vigilantes?” Moore partiu da ideia de retratar o que poderia acontecer se seres super-poderosos caminhassem sobre o planeta. O que é muitas vezes desconsiderado é que a graphic novel é uma grande paródia, uma sátira ao gênero. Moore mostra que no fim, todos os super-heróis são somente humanos com habilidades extraordinárias e são tão falhos como qualquer um.
Pois bem, uma pequena explicação deste magnífico e significativo trabalho nos quadrinhos, que em 2009, ganhou uma adaptação Live Action dirigida com competência por ele: ZACK SNYDER e que no ano passado (2019) ganhou uma versão em série. E É AQUI QUE AS COISAS SE COMPLICARAM!
Toda trama é desenvolvida no ano de 2019 em Tulsa, uma cidade fictícia de Oklahoma, onde um grupo de supremacistas brancos intitulados A Sétima Kavalaria, se vira contra a polícia, causando um verdadeiro massacre! A partir daí, os policiais precisam trabalhar mascarados para preservarem sua segurança. Angela Abar (Regina King), uma detetive aposentada conhecida como Sister Night, investiga o assassinato de seu mentor e acaba se deparando com vários segredos que envolvem o vigilantismo, fazendo-a questionar tudo que acreditava ser verdade.
A série teve pontos altíssimos, como o episódio 6 (impecável), que mostrou uma coerência muito boa entre quadrinho e série, apresentou personagens icônicos, foi bem dirigido, roteirizado e problematizado, apresentando questões políticas e raciais, mas porém, contudo e todavia, deixou muito a desejar para quem é fã verdadeiro de WATCHMEN. Meu maior problema foi com o Dr. Manhattan, ou aquele Smurf que quis se passar por ele. O DOUTOR MANHATTAN É FODA e não foi bem representado na série, sendo totalmente desconstruído e tachado a emo apaixonado. Tá certo que a série tentou explicar que o cara estava de saco cheio de ser “Deus” e coisa tal, mas ficou ruim demais! O “homem” faz o que quer e até o que não quer, e de repente é aprisionado por um grupo de desocupados, que para o nosso Doutor, não passariam de formigas! Ou eu estou doido agora?
A questão racial que começou como carro chefe, tornou-se subplot e os diálogos expositivos repetitivos, explicando várias vezes o que já estávamos carecas e “azuis” de saber, cansaram bastante! O último episódio foi mais raso que a Paula Fernandes cantando “Juntos e Shallow now” e não me impressionou em nada!
Mas como disse, também tiveram pontos altíssimos e que devem ser respeitados, como série foi boa (com final fraquíssimo) mas nada genial que mereça o selo Alan Moore! É uma pena!!!!!
Assista ao trailer da série:
Link para baixar a série: